As atuações estão focalizadas em melhorar a situação atual do lobo-marinho no arquipélago da Madeira e desenvolver um sistema de vigilância do estado de conservação da espécie e do seu habitat.
As principais atuações podem resumir-se nas seguintes:
- Localização, caraterização e proteção das grutas de interesse para a espécie na ilha da Madeira e nas Ilhas Desertas:
O conhecimento dos locais de interesse utilizados pelo lobo-marinho é fundamental para definir uma estratégia para a sua proteção, e desenvolver mecanismos e indicadores necessários para determinar a conservação destes espaços e da espécie a longo prazo.
- Criação de uma rede de informação, emergência e de intervenção rápida (rede SOS lobo-marinho):
O objetivo desta rede é melhorar a proteção da espécie e permitir ao Serviço do Parque Natural da Madeira dar uma resposta rápida em qualquer situação de risco ou ameaça para os lobos-marinhos.
- Embarques em barcos de pesca e marítimo-turísticas para diminuir ameaças, perturbação ou qualquer interação negativa com o lobo-marinho:
Os embarques serão realizados com o objetivo de minimizar potenciais conflitos entre os pescadores e o lobo-marinho. Contudo irão permitir ainda a recolha de informação sobre as artes de pesca que entram em conflito com a espécie e eventuais áreas de pesca que se sobreponham às suas áreas de alimentação.
Também se trabalhará com os operadores turísticos (clubes de mergulho e empresas de observação de cetáceos, etc.) para reduzir a perturbação e/ou uma conduta inadequada na presença de lobos-marinhos e para que o regulamento de observação de vertebrados marinhos na Madeira seja bem aplicado.
- Instalação de sistemas não invasivos para seguimento por satélite dos lobos-marinhos:
O objetivo é conhecer as movimentações, áreas de distribuição e alimentação no mar e assim identificar os locais frequentados pelas focas onde existe atividade humana – onde será necessário aplicar o regulamento de observação de vertebrados marinhos na Madeira.
- Estabelecimento de um protocolo de vigilância do estado de conservação da espécie e do seu habitat na Madeira:
Este protocolo terá como base numerosos indicadores, como a demografia da população, o uso do habitat terrestre (grutas e praias) e marinho e as interações e ameaças para a espécie.