O lobo-marinho (Monachus monachus) é a foca mais rara e uma das espécies de mamíferos mais ameaçadas de extinção do mundo, com menos de 600 indivíduos repartidos por toda a sua área de distribuição.

Tem claramente duas populações diferenciadas: a população mediterrânica, estimada em cerca de 300 exemplares distribuídos na sua maior parte entre a Grécia e a Turquia, e a população Atlântica que conta com duas subpopulações isoladas entre si, a que se localiza na península de Cabo Branco (Mauritânia-Marrocos) com uma população estimada em 250 exemplares e a que se localiza no arquipélago da Madeira onde existem de 30 a 40 exemplares, que é a protagonista deste projeto.

O lobo-marinho, está classificado em perigo crítico de extinção pela IUCN e está protegida pelos Anexos II* (espécie prioritária) e IV da diretiva 92/43/CEE do conselho relativa à preservação dos habitats naturais e da fauna e flora selvagens. Também se encontra nos anexos I e II da Convenção de Bona sobre a Conservação das Espécies Migratórias pertencentes à Fauna Selvagem. Dentro do marco desta convenção, desenvolve-se o Plano de Ação para a Recuperação do Lobo-marinho no Atlântico Oriental o qual reúne a Mauritânia, Marrocos, Portugal e Espanha num esforço comum para a conservação das populações atlânticas.