1.Vigilância do estado de conservação da espécie e do seu habitat
O lobo-marinho está a recolonizar a ilha principal da Madeira o que acaba por conduzir à interação da espécie com atividades humanas como a pesca e atividades marítimo-turísticas, principalmente o mergulho e a observação de cetáceos, para além da interação com a população no geral. O retorno do lobo-marinho à Madeira, torna necessário o desenvolvimento de um sistema de vigilância que permita seguir a evolução do estado de conservação da população e do seu habitat de acordo com uma nova realidade que tem de ser mais bem conhecida.

2.Interação com a pesca
Embora os pescadores tenham atualmente uma maior consciência relativamente à proteção do lobo-marinho, ainda existem registos de interação negativa com a pesca. Considerando o tamanho reduzido da população de lobos-marinhos, estes registos são uma ameaça para a espécie.

3. Interação com a atividade turística
As atividades de turismo no mar estão em crescimento na Madeira. A conduta inapropriada perante o lobo-marinho por parte de alguns animadores turísticos, principalmente a perseguição e a aproximação para se poder observar melhor e até mesmo interagir com os animais, poderá causar perturbação aos animais e/ou levar à ocorrência de acidentes com o Homem. E esta situação poderá constituir uma grande ameaça para o trabalho de conservação do lobo-marinho na região. Atualmente com um forte apoio por parte dos madeirenses, a ocorrência de acidentes poderá rapidamente inverter esse apoio.

4.Interação com o cidadão comum
De uma forma geral os cidadãos madeirenses veem no lobo-marinho um animal dócil com o qual se pode interagir. Sendo o lobo-marinho uma espécie cada vez mais frequente em zonas balneares, este entendimento pode levar à ocorrência de acidentes com os banhistas. E esta situação poderá inverter o grande apoio atualmente existente por parte dos madeirenses na conservação do lobo-marinho.

5.Lixo-marinho
A acumulação de lixo nas praias e grutas contribui para degradar a qualidade do habitat e aumenta o risco de acidentes pelo aprisionamento dos animais, principalmente das crias e jovens, no lixo marinho (redes, cordas, plásticos, etc.). É frequente observar juvenis a brincar com o lixo que flutua no mar.